Um Novo tipo de Imperialismo
No século XIX e no XX o mundo viveu o ápice do imperialismo, destacando-se o Reino Unido e os Estados Unidos da América. O primeiro até quase a metade do século XX. O último de lá para cá. Esse tipo de imperialismo era determinantemente econômico, que se refletia no poderio militar. Ambos dominaram o mundo, nos últimos 200 anos.
Nos dias de hoje, constata-se uma mudança nesse panorama, um pouco mais focado em diversidades de domínio, com o surgimento da China, Japão e outros países, dividindo mais o bolo.
Porém, os EUA não perderam e nunca perderão o vício do domínio.
A OTAN é uma das formas de manutenção desse domínio, pela força militar. Esse país, por outro lado, nunca pediu licença a ninguém para invadir o Iraque, a Líbia, o Afeganistão, auxiliar Israel a manter seu domínio no oriente Médio, e fazer das demais republiquetas da América o seu quintal.
Daí se explica a notória importância de manter bases em qualquer país da Europa, de preferência cercando a Rússia de todos os lados. Este país, a Rússia, é detentora de enormes riquezas prontas para serem usurpadas, a exemplo do que já ocorreu no resto do mundo. O petróleo, aço, minerais e sua produção agrícola são riquezas que deixam as raposas americanas com água na boca, num momento em que, claramente, essa nação declina.
Assim vamos fazer um raciocínio de coisas possíveis:
Suponha que a Rússia nada tivesse feito com relação à Ucrânia e este país tivesse recebido mais uma base da OTAN, a 31a., ali nas barbas de Putin, com ogivas nucleares. Diante dessa permissividade , suponha que duas novas bases da OTAN fossem instaladas, uma na Finlândia e outra na Suécia, também direcionadas ao urso russo.
Nesse cenário, dia e noite, noite e dia dos tempos futuros, os russos estariam à mercê, ali do lado, de forças destruidoras de sua nação e seu povo, à mercê dos aventureiros atômicos, essa nova forma de imperialismo. O que restaria à Rússia em sua defesa? Nada. A não ser apertar o primeiro botão para evitar o estupro dos imperialistas modernos, para assegura sua soberania e sobrevivência. Se os críticos de Putin não entendem isso, exercendo apenas uma crítica pela invasão da Ucrânia, não leram a história ou estão cegos para não conseguir ver o futuro. A guerra é sempre uma lástima. Deveriam dizer isso para os EUA, para seus amigos imperialistas, e para as forças da OTAN.
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