55 anos, um registro
Hoje, 11 de fevereiro, completo mais um ano de casado com dona Neusinha. São 55 anos, mais 3 de namoro e outros mais de convívio social.
O casamento é um caminhar às vezes dolorido e complicado, permeado por alguns momentos de alegria e felicidade. Quando encontramos um equilíbrio entre esses momentos, podemos nos considerar felizes. Quem não tiver sabedoria e temperança nessa caminhada, dança. Eu dancei, mas foi uma dança alegre e feliz, nos braços de minha mulher.
Sem ela, certamente, eu seria outro, muito pior.
A Neusinha não é uma mulher perfeita. Ninguém é. Menos eu. Porém, com certeza, devo a ela unicamente esses 55 anos de convívio equilibrado e feliz.
Nesse caminho, ela teve a temperança para entender meus defeitos, virtudes, sucessos e fracassos. Sempre se alegrou comigo pelos fortuitos sucessos. Não encontraria companhia melhor. Me amou da melhor forma, valorizando nosso convívio.
Deu-me frutos incomparáveis. Ela sempre foi equilibrada e, melhor ainda, sempre levou-me a esse equilíbrio.
Começamos a vida quase na carência de bens. Depois, vivemos momentos de fartura. Mais além, voltamos quase ao estágio inicial de dificuldades. Hoje temos apenas o necessário para a sobrevivência. Ela merecia mais. Para quem, como ela, saiu de um lar modesto, essa gangorra poderia desequilibrá-la. Mas isso nunca aconteceu e ela nada me cobrou. Satisfez-se com o pouco que lhe ofereci. Exemplo raro, nos dias de hoje, de desprendimento em relação à fortuna, à acumulação de bens.
Assim, nesses 55 anos, resta-me agradecer a minha notável companheira. Aturar-me durante todo esse tempo tomando conta de mim, quase a transforma numa santa, cuidando de um ateu confesso.
Obrigado Companheira.
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