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Ucrânia, Criméia e Russia

A Rússia, historicamente, sempre teve problemas com seus vizinhos a Oeste.

No começo do século XIX, Napoleão Bonaparte não tirava os olhos do enorme território à disposição na Rússia. Não acreditava que os russos pudessem defendê-lo. Invadiram-na e deram grande dor de cabeça , chegando até Moscou, onde deram com os burros n´água, e Napoleão viu sua derrota na guerra. Milhões morreram por causa dessa estupidez.

Depois veio a Guerra da Criméia, por volta da metade do mesmo século XIX, da Rússia contra potências europeias. Foi uma guerra violenta e nela foram inauguradas alguns absurdos de eliminação humana. Até hoje, poucos entendem a importância da Crimeia na geopolítica russa, com sua saída para o Mar Negro..

Em seguida, veio a Primeira Guerra Mundial, e todos sabemos o grande desastre que essa guerra foi para aquele país eslavo, chegando ao ponto da mudança de regime pelos bolcheviques.

Finalmente, veio a Segunda Guerra Mundial, tendo sido a Rússia surpreendida pelo ataque de Hitler, que, como Napoleão, estava de olho no grande território russo, para implantar seu Império de Mil Anos.

Em função de todas essas lições, ao final da Segunda Guerra, por ocasião do Tratado de Potsdam, se estabeleceram as fronteiras e os novos vizinhos da Rússia, a Oeste.

Nessa conferência, ficou clara a determinação russa de criar uma espécie de Cordão de Isolamento em suas fronteiras, uma Fronteira Sanitária, de onde não viria mais nenhum verme. Todos esses países, acordados em mesa de negociações, seriam socialistas, sob a tutela da Rússia. Pura AUTO DEFESA.

A intenção foi para que, nunca mais, aquele país fosse surpreendido por novos vizinhos. Teriam que pular aquele muro para atacá-la. A história já havia mostrado, fartamente, que esse país precisava da proteção.

Muitos, ou todos, desses países não tinham nenhum identidade ideológica com o socialismo. Foi imposto. Só deram trabalho e despesas para a Rússia. Nenhum sobreviveu.

Isso, contudo, explica muito ou quase tudo, da atual crise da Crimeia e da Ucrânia. Este último país foi grande admirador e defensor de Hitler. Grande parte de seu povo lutou pelo nazismo. Assim, é intolerável para a Rússia que exista uma possibilidade da volta àquele passado de insegurança. Deveriam entender isso, como única e simples forma de se auto defender.



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 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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