Estado de Sítio
O Estado de sítio é uma medida radical de conotação política, que suspende, por um período definido, os poderes legislativo e judiciário. Suspende, também, as liberdades individuais dos cidadãos, subordinando-os todos ao poder executivo, o implantador desse regime de exceção.
Paradoxalmente, para implantar o Estado de Sítio, o poder executivo tem de pedir autorização ao Congresso Nacional(sic). É uma contradição gigantesca, mas é o que diz a constituição federal. Pedir uma autorização a um poder para fechá-lo é, no mínimo, ridículo, insano. Mas é o que diz a Carta.
Nos últimos dias, há um clima de preocupação crescente nessa direção. Perdidos os rumos desta república, em todos os sentidos, seu condutor executivo aparece nos meios de comunicação com cara de poucos amigos, falando de Estado de Sítio.
Eu já fiz alguns comentários neste espaço, abordando uma grande preocupação que tenho, refletida na presença de milhares de militares em cargos executivos de importância na República.
Não tenho a menor dúvida que esses milicos darão guarida e suporte ao chefe do HOSPÍCIO, se tentar implantar o Estado de Sítio. Gorilas de todas as espécies aparecem no meu face, defendendo tudo isso.
A leitura que faço, indica apenas uma direção: a Sociedade Civil, independente de sua conotação ideológica, precisa se organizar para resistir. e não cometer os mesmos erros diversionistas da Guerra Civil Espanhola.
Caso contrário, além do gigantesco desastre da pandemia, teremos que lutar, novamente, contra o golpe, que será igual ou pior do que aquele vivido em 1964. Castigo em dobro: o vírus e os vermes.
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