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Coral

Na metade da década de 1950, eu estudava o curso ginasial. Naquela época, a cadeira de música fazia parte do currículo escolar.

O ensino de música tinha a finalidade de aguçar a sensibilidade da alma e fazer avançar no campo da cultura, como arte suprema.

Tinha amigos alunos, filhos de lavradores, que se encantavam com aquilo. Vertiam lágrimas. No encontro de brutos com a música, vencia a emoção.

Tive duas professoras de música: a Dona Lígia e Dona Aracy. Suas aulas se bifurcavam em dois propósitos, com o auxílio do piano da escola: ensinar na leitura das partituras, com conhecimento das notas musicais e cantarmos no Coral.

O Coral era algo divino. Conseguíamos adentrar nas músicas selecionadas, clássicas e populares, com dezenas de vozes díspares, cada uma com sua entonação diferente, formando um todo homogêneo. O papel das mestras era dar àquele diversionista vozerio num uníssono cantar e emocionar as pessoas que ouviam. Era um coletivo.

Acabaram-se os corais. Os milicos fizeram a reforma de ensino e a música saiu dessas escolas. A cultura regrediu.

Se um coral ainda existisse e eu pudesse ser um maestro, ensaiaria um canto coletivo, que exprime todo nosso sentimento, e pediria a todos, uma imensa multidão, bem afinados, que me contemplassem com uma sonora melodia. FORA BOLSONARO. Seria mais bonita que a Aleluia de Handel.


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 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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