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Ausências

O noticiário nos informa que, dentro de poucos dias, teremos constatado a morte de cerca de 260.000 pessoas, que viveram neste país e perderam a luta para o vírus.

São tantas mortes, que já perdemos a dimensão da tragédia. Apenas para procurar dimensionar o tamanho disso tudo, informamos que perdemos uma média de 4 BRUMADINHOS POR DIA. Sim, por dia. Se alguém ainda se lembra, impossível esquecer, a tragédia da Vale, naquela cidade mineira, comoveu este país e todo o mundo, com a perda de 270 vidas.

Pois bem, temos hoje o número de mortos diários que correspondem, em média, a 4 vezes ou mais o tamanho daquele já gigantesca tragédia.

Inexplicavelmente, dá-se a impressão de que o país não mais se escandaliza, não se emociona. Estamos anestesiados. Vulgarizou-se a morte pela Covid. Nos emocionamos e até vertemos algumas lágrimas, quando amigos e parentes mais próximos partem repentinamente. Fora disso, a emoção pelas demais mortes nos impacta, mas a distância e o anonimato das vítimas pouco nos comove e emociona.

O que aconteceu com grande parte da sociedade brasileira é mais ou menos isso: o que os olhos não veem, o coração não sente. É um clima de alma insuportável, pois, mesmo não querendo, estamos nos transformando em verdadeiros zumbis, insensíveis, distantes, ausentes, sem sentimentos.

Esse clima tem muito a ver com o distanciamento, a omissão, a ausência de quem deveria estar presente todo dia, toda hora, comandando e confortando esse povo.

O combate à pandemia deveria envolver todo o país. O clima de solidariedade deveria ser quase o pão de cada dia, estar presente em todas as almas.

Atentem para o fato de que o rei do momento, dentro de seus palácios em Brasília, JAMAIS, repito, JAMAIS, teve a grandeza de alma suficiente para vir a público e dizer aos cidadãos(ãs) aquilo que os homens da ciência recomendam e que os líderes mundiais repetem a seus povos. O Bozo nunca fez isso. NUNCA.

Um líder que comanda realmente um povo, estaria a todo momento lamentando com esse povo as sua perdas e tragédias. O reconforto de alma sempre é uma demonstração de humanidade.

Esse milico NUNCA manifestou qualquer dor ou solidariedade a seu povo. É um homem frio, ausente, sem emoção, sem empatia, sem nada, preferindo suas motos e seus cavalos como verdadeiro imperador romano idiota. Quase uma pedra. Será que esse milico tem alma? Conheço poucos que tem.

O espelho desse comportamento dessa autoridade reflete tantos outros males assemelhados junto a sua casta e que sintetizam outras milhares de ausências.

Como diz minha mulher, o combate à pandemia É UMA GUERRA.

Assim, o que fazem as FORÇAS ARMADAS nessa direção? Pelo que se sabe nem os leitos dos hospitais militares são colocados à disposição do povo. É uma odiosa elite, que se espelha no seu superior e que não comove sequer com a desgraça de seus irmãos civis. Uma casta, armada. Mantém uma reserva de privilégios, sem nada apresentar de solidariedade ao povo. É uma outra AUSÊNCIA GIGANTESCA de humanidade com nossos humanos, que continuam morrendo nas camas da UTI, quando as tem, ou sem ar para respirar, na mais dolorida das mortes. Que destino o nosso!!!.


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 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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