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As Loucuras da Derrota

Normalmente, os loucos ficam mais loucos quando se aproxima o fim de suas loucuras.

A história mostra dois grande exemplos mundiais: a derrota de Napoleão na Rússia e a de Hitler, coincidentemente, no mesmo país.

Quando Napoleão caminhava pelas ruas vazias de Moscou, ele vociferava pela ausência do inimigo, que, estrategicamente, assim o fazia para obrigar o invasor a se retirar. Sabia o Marechal Russo que a retirada do exército invasor seria sua derrota: nada encontraria pelo caminho de volta para se alimentar. Nesse período, Napoleão enlouqueceu, pois antevia sua derrota iminente. Deixou seu exército para trás, morrendo como moscas de frio e de fome e voltou para Paris, tentando se reorganizar. O moral de sua tropa afundou-se nas profundezas daquele inferno, para nunca mais se recuperar. Nesse período Napoleão radicalizou com seus soldados, seus generais e marechais. Trouxe até jovens e crianças ao seu exército na tentativa desesperada de salvação. Sucumbiu e passou seus últimos dias aprisionado na ilha de Santa Helena.

O mesmo aconteceu com Hitler. A história se repetia como tragédia. Foi nesse período após 1942, quando não conseguiu tomar nem Stalingrado, nem Leningrado e muito menos Moscou que o genocida mais barbarizou, matando judeus, fuzilando russos, radicalizando e partiu para o tudo ou nada. A dolorida volta para casa dos alemães escreveu uma das páginas mais negras da história moderna. Deu no nada que todos sabem, a não ser muita dor e sangue. Seu exército tinha soldados/meninos, que sequer sabiam manejar uma arma ou um tanque. Livros de história e outros relatos deixaram essas imagens fatais registradas. Matou-se como o último gesto da derrota gigantesca.

Isso mostra um comportamento padrão dos ditadores em geral. Quando a casa está caindo, usam de expedientes ESCAPISTAS, tentando mudar o panorama. Nunca conseguem. A história ensina, mas seus discípulos nunca aprendem.

Hoje, neste país, estamos numa guerra, não com exércitos inimigos externos, mas um vírus, onde o comandante quase se comporta como um ditador e usa de expedientes para desviar as atenções de suas incapacidades e derrotas. O País está derrotado. Só falta contar, ao final, num tempo incerto e não sabido, o número de soldados mortos e inventariar o que sobrou desta nação. Dirão que ele não é um ditador. Como não? Como definir alguém encastelado em Brasília que se negou a comprar armas para combater o inimigo, no devido tempo e na correta hora? Quem vem, ao longo de mais um ano, se negando a reconhecer que estamos em guerra diuturnamente contra o vírus? Quem pode chamar, num discurso de desespero, que estamos perdendo as batalhas e que qualifica seus mortos como covardes e cheios de mimimi? Quem é o negacionista diário tapando o sol com a peneira? Quem fez da Anvisa uma também negacionista burocrática, tentando impedir a vinda da SALVAÇÃO? Quem induz a população a caminhar por caminhos equivocados, com suas loucuras e mentiras incríveis? Quem militariza um país, onde a ordem é mais importante que a racionalidade, a começar pelo general encastelado que nada entende de saúde e de estratégia?

Mostra a história que a derrota que espera o rei do momento para o futuro o faz radicalizar seu discurso negacionista, tentando manter a cegueira que nos assola há muito tempo. Como os dois ditadores históricos. É sempre assim: a alma pequena de ditadores, explícitos ou implícitos só irá cessar suas loucuras, quando muito pouco sobreviveu a essas suas loucuras. Espero que, como aconteceu com os dois primeiros ditadores históricos, esse nosso ditador tupiniquim também encontre seu Whaterloo e suma de uma vez por todas. E com ele, o vírus.


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 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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