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Uma Crônica a minha Cidade

Hoje, 02 de setembro, é dia do aniversário de minha cidade.

Há mais de 60 anos deixei-a. Ali ficaram muitos parentes e amigos, todos muito queridos.

Deveria ter visitado-a com mais frequência, porque sempre tive muitas saudades de todos. Porém, o envolvimento de toda minha vida não me permitiu.

Toda vez que a ela retornava, com alegria, visitava os remanescentes parentes e amigos e a cada retorno observava que minguavam minhas visitas. Muitos tinham partido, ou para sempre, ou para outros recantos.

Adotei, então, toda vez que lá ia, uma prática, ou seja, o hábito de visitar seu cemitério. Nesse local, sem dúvida, reside a história de um povo e ali se resgata o passado. É um registro histórico infalível.

Andando pelas alamedas do campo santo, olhando à direita e à esquerda, ia vendo as lápides das sepulturas, com seus retratos estampados. Raramente, em cada detalhe, eu não conhecia alguém. Em cada canto havia uma ou mais figuras que me resgatavam a memória de algo vivido em comum. Mesmo que não fosse uma história marcante, sempre havia uma memória de fatos cruzados em nossas vidas. Nada era estranho para mim.

Quantas vezes, nessas visitas, tomei ciência da partida de amigos e parentes, ali sepultados. De imediato, afloravam memórias comuns vividos com aqueles personagens já idos. Uma tumba após a outra, com renovada tristeza pela constatação da partida das pessoas, umas mais, outras menos próximas de minha vida passada.

Esses passeios lúgubres se tornaram hábitos, toda vez que vou a minha cidade. Ao final de minha caminhada, sempre fico com uma tristeza embutida na alma, porém constato que não encontrei nenhum inimigo. Todos os que vi, só me despertaram saudades e esse sentimento não se tem com inimigos.

Apesar do tempo já passado, não há como esquecer e agradecer a minha cidade por ter me permitido uma vida onde só tive amigos, vivido dias felizes e inesquecíveis. Parabéns Presidente Venceslau. Feliz Aniversário e um futuro cada dia melhor.

 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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