Condenados ao Atraso

O Orçamento é uma peça fundamental de Planejamento em todos os níveis, federal, estadual, municipal, empresarial e, com certo preciosismo, até familiar.

O instante de elaboração de um Orçamento é o momento que se reflete sobre o futuro, sobre os rumos a percorrer, diante dos recursos de que se dispõem. Deveria, repito, deveria ser aquele instante de reflexão , de eleição de prioridades, onde uma análise crítica profunda define o que se esperar desse futuro desenhado.

Quando assistimos a proposta orçamentária desse governo federal, temos a plena convicção de que o desenho claro desse orçamento continua nos condenando ao atraso. Só iremos aprofundar a miserabilidade já existente.

As cabeças pensantes desse governo realmente estão todas de ponta cabeça. Pensam com as nádegas. Senão vejamos:

1) Como podemos destinar tantos recursos às Forças Armadas, em detrimento da Educação, da Saúde, e da Assistência Social? O que realmente fazem as Forças Armadas? Que discussão a respeito de seu papel existiu para definir a montanha de dinheiro para essa atividade? Que retorno isso implica? Onde estão nossos inimigos? Que investimentos se privilegiam para atender essas Forças?

2) Discute-se, eternamente, a importância da educação e saúde. Por que não privilegiar ainda mais esses segmentos ao invés das Forças Armadas, investindo em escolas, professores, ciência e tecnologia?

3) Por que um aumento(sic) de salário mínimo de R$ 22,00, quando sabemos que essas verbas geram um efeito retorno de desenvolvimento econômico, pela função consumo?

Enfim, poderíamos ficar fazendo uma quase interminável análise crítica desse orçamento para provar que temos mais do mesmo, bastante piorado.

Realmente a cegueira continua. Nada há a esperar, a não ser constar que estamos, cada vez mais, condenados ao atraso.