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Nuvens

Algumas vezes, já abordei, neste espaço, a preocupação com o futuro político perigoso, com relação ao destino de nosso país. Isso se deve ao fato do empoleiramento no galinheiro nacional em Brasília de vários militares de alta e média patentes. Chegam à sociedade notícias desses militares serem nomeados para os mais diversos cargos decisórios da República, a maioria dos quais ocupados por civis no passado, dotados de saber na área específica. Hoje temos um general tomando conta da saúde, e nem médico é, com outros assessorando em todos os assuntos e, todos eles, de nenhum notório saber específico, a não ser cuidar de assunto miliares, na antítese da temperança democrática. As pinturas verde oliva ASSOMBRAM nossa democracia, apesar dos discursos apaziguadores em sentido contrário. Na história, nacional e mundial, várias vezes assistimos o assalto ao poder. Desde sempre, dos Persas aos Tupiniquins. Nos mais próximos capítulos que podemos tomar como exemplos, vimos um Napoleão I e outro Napoleão, o Terceiro, se travestirem de Imperadores, ambos no século XIX, ambos traindo os propósitos de seus camaradas. Usurpadores do poder. Traição em última instância. No século XX, dois Césares também o fizeram: Benito Mussolini e Adolfo Hitler. Sem contar TODOS os ditadores pelo mundo afora, principalmente na América Latina e na África, na segunda metade do século passado. Essas figuras salvacionistas surgem, normalmente, para ocupar espaços vazios de poder ou poderes já fragilizados. Estamos vivendo esse perigo. Já vimos na história os mesmos discursos inflamados e atos concretos de fechamento de legislativos, dos tribunais, do silêncio da imprensa e esse inacabável povoamento de militares como salvadores, em cargos de toda natureza. Tudo nos deixa claro que há um arcabouço sendo montado para virar a mesa democrática, se necessário.É só perderem as eleições futuras por pequena margem de votos, alegando sempre o discurso de invalidade das escolhas, como fez Aécio, ou da crise econômica que se arrastará até além de 2022, exigindo a presença dos milicos. Já vimos isso no país na Revolução de 1930 e no Golpe de 1964. Muitos da sociedade civil entendem isso, mas assistem pacificamente, quase imobilizados e, somente após o FATO CONSUMADO, se dão conta do que estava absolutamente cristalino. Quantas vezes já ouvimos falar ou ler que Mussolini e Hitler assumiram os poder por um descuido momentâneo ou alianças espúrias daquelas sociedades. Depois do estupro, nada mais a fazer. Deveríamos TODOS já ter aprendido essas lições com a história, não permitindo mais esse tipo de descuido. Parece-me que nada aprendemos. Sempre defendi a tese de que vivemos um clima de golpe, desde o mensalão até a cassação de Dima. Um golpe extremamente bem planejado e executado: voltar o poder à Casa Grande. Estamos, agora, na fase final dese golpe, o último ato. A militarização do governo, gradativo, sorrateiro, é um preparo para uma eventual batalha final, se houver qualquer brecha. Nessa altura, os democratas estarão, mais uma vez, desarmados e os golpistas empoderados. Imaginação minha? Que bom se eu estiver enganado. Caso contrário viveremos mais alguns anos sob a tutela de novos Napoleões, torcendo para que não seja outro Adolfo,ou qualquer general de óculos escuros, como ocorreu em 1964. Há claros caminhos para evitar isso: um é denunciar essa prática na atual montagem, exigindo a cessação da prática; o outro é uma vitória avassaladora nas eleições de 2022, com sinalização de que a sociedade não deixa dúvidas com relação à opção pelo seu destino. Arrepio-me, quando vejo nossas lideranças civis já tendendo a se mutuamente excluírem e dispersarem suas forças. Vão, a seguir nesse caminho, fazer o jogo do contrário, como já fizemos nas últimas eleições, aquela da glória do capitão eleito.

 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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