Golpe
Não sou alarmista. Sou racionalista. A análise racional que faço do momento político e social deste país, me leva a crer que estamos às vésperas de um golpe, o que é pior: um golpe militar. Observem que o Bozo administra como um faraó. Se cerca de milicos até nos banheiros. Despreza toda opinião de cientistas de toda natureza, num caminhar inexorável ao obscurantismo. Coloca a imprensa crítica como inimiga e adoça a boca da imprensa aliada e dócil. Nomeia inimigos nacionais e estrangeiros que se distanciam de seu horizonte ideológico. Destrói alianças comerciais centrado no seu umbigo, unicamente. Privilegia filhos e amigos num descarte absoluto do bom senso. Sem falar de milícias, que certamente, se comportarão como partes do funeral. Serve-se de bandeiras plantadas contra a corrupção, aceitas pacificamente por seus seguidores fascistas. Expõe seus generais de cama e mesa, ali a seu lado, como arautos de defesa de suas atitudes. Submete ministros aos seus discursos e ações e assegura com o maior cinismo: L'Etat Cést moi.Eu sou o Mito, como se Moisés fosse e ordenasse a abertura do mar Vermelho. Haverá momento em que, ao se afunilarem as ações dos agentes democráticos, encurralando o gorila e deixando-o sem saída, se desenha o cenário do golpe. Toda infra estrutura militar e de apoio dos seus serventes de milícia e fascistas está pronta para agir, inclusive muitos empresários e o amigo Trump. E será com violência. Enfim, se consumará a última etapa do golpe iniciado por Aécio Neves, já jogado para escanteio, depois de cumprir sua triste tarefa traidora e ser coadjuvante desse apocalipse. Pessimismo? Não, racionalismo. Ser pego de surpresa, mais uma vez, será imperdoável para as futuras gerações.O que fazer? Preparar-se. Não se pode submeter-se pacificamente a mais um estupro militar.