A Raposa e o Galinheiro
Noticia-se, nos últimos dias, o pedido de impeachment do presidente norte americano, Donald Trump. As razões estariam ligadas ao pedido desse presidente ao presidente ucraniano para este garimpar informações que poderiam comprometer o filho de Joe Biden, seu adversário democrata nas próximas eleições americanas. Para os desinformados, o filho de Joe Biden é alto executivo de uma empresa multinacional americana de gás naquele país. Isso é resultado da partilha da Ucrânia, depois da diáspora soviética e bem explica a quase eminente guerra por ocasião da absorção da Criméia pela Rússia. O único interesse norte americano nisso tudo era a manutenção intocável das riquezas daquele país, para serem abocanhadas pelos yabkees. Putin sabia disso e, por isso, ficaram muito claros os protestos americanos por ocasião daquela anexação da Criméia pelos russos. Surrupiaram os interesses do Tio Sam. Nem tudo aconteceu da forma como o que já havia ocorrido com o Iraque e a Líbia, onde os americanos destruíram os países, mas ficaram com os espólios petrolíferos e lá estão até hoje, sugando aqueles solos. E é o que querem fazer, também, com o Irã. E, assim, a raposa norte americana, com ajuda da CIA, invade os galinheiros ao redor do mundo. O filho de Joe Biden é uma dessas raposas que lá na Ucrânia se encontra, sabe lá a que preço. É o que Trump quer descobrir. Também para os menos informados, pouco importaria esse assunto para nós, brasileiros. Não é bem assim. Há varios aspectos para reflexão e eles são colocados a seguir. Estamos às vésperas de um enorme e histórico leilão das jazidas do Pré Sal, com envolvimento de bilhões de dólares e esvaziamento das riquezas do país, via alienação dos ativos da Petrobrás. Por isso, também, como pano de fundo, é que se tenta desmoralizar aquela empresa, colocando-a no centro dos fatos de corrupção, deixando entre aberta a intenção de privatizá-la, para eliminar esse cenário. Precisa-se vender a empresa já apodrecida, querem fazer crer, apesar dos bilhões de lucro que ela apresenta como regra histórica. Assim logo, logo, teremos as multinacionais, principalmente as petroleiras americanas, sugando nossa riqueza de nosso solo, drenando-a para a riqueza do primeiro mundo. O que vai no subterrâneo dessas negociações, jamais saberemos. Mas, devemos estar atentos com a proximidade de Trump com o capitão eleito, bem como com a nomeação do filho do homem como embaixador na Casa Branca, facilitando certas possíveis negociatas. Coincidência ou imaginação maquiavélica de minha parte? Muitos brasileiros, sem a informação necessária, acham que esse processo de privatização resolve todas as questões, sem se dar conta que na sociedade econômica brasileira não há capitais suficientes para investimentos dessa monta, deixando-nos à mercê do capital estrangeiro. Resolvemos um problema imediato e criamos outros para todo o sempre: permaneceremos como supridores de dividendos a esses investidores por tempo indeterminado. Assim empobreceremos o país de duas formas: perdemos nossas riquezas e perpetuamos a remessa de lucros para o exterior. Lembro-me do golpe de 1964, quando depuseram João Goulart. Segundo os golpistas, houve vários motivos para isso, mas dois deles ficaram marcados na minha memória: esse presidente queria fazer a REFORMA AGRÁRIA, agredindo a Casa Grande, e queria ordenar e limitar a REMESSA DE LUCROS das multinacionais para o exterior. Por isso, o grande "comunista" foi deposto. Assim, em época de permissão de compras de armas, sugiro a compra de muitos fuzis e ficar de olho aberto com essas raposas internacionais que não tiram os olhos de nosso rico galinheiro nacional. Fogo nelas.
