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A Petrobrás

Esta é uma matéria de difícil entendimento para pessoas que, usualmente, não transitam pelo assunto. Porém, é importante deixar registrado, porque, pelo menos, em algum dia, alguém possa entender que nem todos foram enganados neste país. A Petrobrás, desde o exercício de 2014, até 2017, portanto por 4 anos, acumulou PREJUÍZOS ESTRATOSFÉRICOS. A Lava Jato foi ator determinante nessa tragédia. Para se ter uma ideia, consultados os balanços e demonstrações de resultados, de 2014 a 2017, a empresa acumulou um PREJUÍZO DE MAIS DE R$ 71,7 BILHÕES. Repito, em 4 anos, houve prejuízo de quase R$ 72 Bilhões. Alguém tem ideia do que significa esse valor como prejuízo? Pela minha experiência pessoal e profissional, atesto que NENHUMA EMPRESA sobrevive a um calamitoso resultado dessa monta, nesse espaço de tempo. E por que a Petrobrás sobreviveu? Como parte do golpe político que apeou do poder o partido encastelado e seus aliados, era necessário demonstrar o caos e a monta que aquele partido provocou. A Petrobrás serviu de parâmetro para essa demonstração. O que se conclui? Eu concluo que os resultados de prejuízo foram DELIBERADAMENTE provocados AO SE ADOTAR CRITÉRIOS ESPECÍFICOS E ORTODOXOS DE APROPRIAÇÃO CONTÁBIL DAS PERDAS, em decorrência da Lava Jato. Era preciso mostrar um monstro. Quem apurou esses montantes e como foram apurados? Por que não foram diferidas as perdas no tempo, como se faz com a depreciação de bens, e tudo foi lançado contabilmente de uma única vez? Nada mais ortodoxo, fora de padrão. Por que não se fez uma reavaliação dos Ativos da empresa, impactados pela corrupção e comparados com os valores contábeis históricos e, assim, definir a real perda patrimonial em decorrência da Lava Jato? Nada disso foi feito e os prejuízos acumularam valores EXCLUSIVAMENTE CONTÁBIES, sem nenhum impacto financeiro, eis que todos os desembolsos já haviam sido feitos, legítimos ou derivados da corrupção. A caixa preta desses lançamentos contábeis e suas apreciações pelo Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal e pelos Auditores Externos deixam a dúvida atroz: foram legítimos ou foram politicamente adotados e fabricados? Concluo isso porque, por mais poderosa que a Petrobrás possa ser, é insustentável arcar com prejuízos dessa monta, de quase R$ 72 bilhões, em tão longo período de 4 anos. E o mais interessante é que, passada a tormenta política, apeados do poder os inconvenientes, a empresa COMEÇA A LUCRAR NOVAMENTE, sem grandes modificações comerciais e estruturais. No ano de 2018, já teve LUCRO de mais de R$ 25 bilhões, assim como um milagre, e, no primeiro trimestre de 2019 já chega a um lucro de quase R$ 5 bilhões. Não para de acontecer milagres nessa companhia. Se verdadeiros e procedentes tudo o que essa empresa demonstrou ao longo dos últimos 6 anos, estamos diante do maior milagre de sobrevivência empresarial em toda a história econômica mundial. Outra Fênix, que renasce das cinzas. Como não acredito em milagres, principalmente na economia, fica, mais uma vez, registrado o excepcional mecanismo de golpe político aplicado no país, no qual a Petrobrás, através de seus dirigentes, atuou como ator principal nessa extraordinária ópera bufa.

 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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