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A Filosofia

Anuncia-se a pretensão da eliminação do estudo da filosofia nos currículos escolares. Insanidade e obscuridade plenas. A filosofia é, na essência, o estudo da vida, conforme explicitada na etimologia de sua origem grega. Se a filosofia nunca tivesse sido exercida e praticada, o ser humano sequer teria saído das cavernas. Mesmo na mais remota antiguidade, reis persas, gregos, babilônicos, faraós egípcios e outros se cercavam de homens de saber, verdadeiros filósofos, para pautar suas vidas e suas ações. A filosofia busca, em síntese, a expressão da racionalidade do ser humano. Na própria natureza do ser, a filosofia é parte intrínseca do desenvolvimento de sua alma. Os questionamentos de onde viemos, do que somos, para onde vamos, sempre estiveram presentes nessa alma humana. Isso é, na essência, a prática de uma rudimentar filosofia. Com o passar dos tempos, a filosofia foi tomando forma e condutas, através do inexorável destino do ser humano de pensar. Escolas diversas de filosofia passam a enriquecer o conhecimento humano, no que diz respeito ao desenvolvimento do saber, do pensar, do questionar, de buscar luzes e caminhos alternativos. A filosofia contraria o fato consumado, tão prezado pelas religiões. A filosofia contesta, procura, amplia o saber, abre a mente das pessoas. Impossível desconhecer tudo isso, desde os papéis marcantes de Sócrates, Aristóteles, Platão, Espinoza, Kant, Hegel e tantos outros que fizeram, todos eles, o desenvolver do pensamento, nos tornando menos cegos. Vale observar que, durante a época do obscurantismo da Idade Média, a reacionária Inquisição impedia o afloramento de filósofos, para manter seu poder intocado. Só retornou após o Renascimento. O processo dialético contínuo, aquele que estabelece uma TESE, que é contestada por uma ANTÌTESE, e que nos faz chegar a uma nova SÌNTESE, é a essência da filosofia, nos seus diversos patamares. É a tentativa de busca de um ser humano MELHOR. É o puro PENSAR. Tentar eliminar o estudo desse instrumento é, certamente, nos fazer regredir ao estágio de primatas. No mínimo, voltar à Idade Média.

 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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