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Planejamento e Controle

Os economistas formados pela USP. nas décadas anteriores a 1970, tinham, na sua formação acadêmica, a cadeira de Planejamento. Balizada pelos dois grandes mestres da época, o brasileiro Celso Furtado e o argentino Raul Prebisch, todos nós tínhamos perfeita consciência do Planejamento. Pode parecer contraditório, mas os militares golpistas de 1964, foram os últimos a praticar esse Planejamento. O liberal Roberto Campos e meu vaselina prof. Delfim Neto foram os arautos dessa prática. O planejamento deve ser uma preocupação em tudo e para todos na vida. Sua inexistência, em qualquer nível, nos leva para procedimentos anárquicos de conduta, cegos em seus rumos. Desde a pessoa em si, passando pelas famílias, as empresas, as cidades onde vivemos, o Estado e o País que nos acolhe, todos, repito, todos demandam o Planejamento de seus dias presentes e futuros. O ato de Planejamento é um instante de definições de prioridades, pessoais, familiares, empresariais e da coisa pública. De preferência, deve ser um ato coletivo, nunca solitário. É a bússola para orientação do que fazer, de como fazer, com que recursos. Fiz isso em todas as empresas que dirigi e na minha vida pessoal. Isso evita dar-se um passo maior do que a perna. Na vida pública, é inadmissível um governo, nos seus três níveis, existir sem Planejamento anual de tudo o que pode ser definido como essencial, prioritário e os recursos que o permitem viabilizar. Deveria ser obrigação legal, todo início de exercício, os comandantes executivos dos poderes, entregarem o Planejamento de suas atividades e aprová-los publicamente. E, posteriormente, a cada mês, apontar o que foi executado, o que não foi e porque não foi. Essa prática, como regra geral, desapareceu na gestão da coisa pública. Por isso, estamos assistindo à administração pública operar no improviso, da mão para a boca. No atual governo federal, é tão grande o desprezo por esse Planejamento que o ministério foi até extinto. O país não tem nenhuma visão, mínima ou panorâmica, de nossas necessidades prioritárias, para promoção do desenvolvimento. Por tudo que se lê e se observa, o discurso e a ação estão voltados só para administrar déficits, sem uma palavra sequer que se volte para construir uma simples estrada, um viaduto ou uma ferrovia. Nada. Não sabemos para onde pretendemos ir. Estamos à deriva.

 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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