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“A Democracia e os Partidos Políticos"


Em 2005, escrevi um livro, mais pelo entusiasmo de um sobrinho meu, de amor especial, advogado, que nos deixou precocemente, para profunda tristeza minha e de muitos. Coincidência ou não, no texto desse livro, um dos personagens coadjuventes morre de maneira estúpida, fatalista e também precocemente, influenciando com sua morte toda maneira de pensar do personagem principal. Ficção e realidade se cruzaram.

Esse livro é uma crítica dura ao Partido dos Trabalhadores, já em 2005, que apresentava uma política de governo dissociada de tudo o que o discurso ideológico traduzia.

Nele, uma das minhas propostas ficcionais, evidentemente, era de que a verdadeira Democracia deveria ser construída SEM PARTIDOS POLÍTICOS. Ficção? Sim. Utopia? Não sei.

O(ã) cidadão(ã) deveria ser escolhido pelo povo para representá-lo pelas qualidades que possuía e não pelo partido a que pertencia.

Nesse modelo, verdadeiramente parlamentarista, as escolhas começavam pelas comunas (o pessoal da direita não precisa se assustar: o termo é usado para designar as células municipais), algo muito parecido com o adotado pela Convocação dos Estados Gerais, na revolução francesa, de 1789.

Assim, os cidadãos seriam escolhidos pelos valores éticos e de gestão que possuem e não pelo partido a que pertence.

A parte (do partido) nunca é perfeitamente legitimada para governar, pois é apenas uma parte, precisando se associar a outras partes (dos demais partidos), propiciando as barganhas que bem conhecemos.

A soma dessas partes nunca consegue exprimir a vontade do todo. E, assim, a luta entre os contrários, ao invés de depurar e agregar, arrasa os propósitos, porque os interesses dessas partes são maiores do que os interesses do todo - o país. Um quer destruir o outro, sem se importar com o interesse maior dos cidadãos.

Creio que deve ser pensado a fundo o que habitou minha imaginação.

 o MANIFESTo DE LAURO:

 

Lauro Velasco é economista formado pela FEA-USP, mas também é historiador de mão cheia, administrador, educador e auto didata em uma gama de atividades, além de um grande pensador político e social.

 

Nesse espaço iremos abordar assuntos, temas, histórias com um enfoque social e político, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e fácil de ser entendida e disseminada.

 

E com  esse Manifesto iremos trazer a tona assuntos espinhosos, mas com um tempero bem brasileiro.....

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